Dicas da Liberty Engenharia para configurar o som da igreja
O nosso objetivo principal é dar suporte ao cliente para que ele possa fazer a aquisição de produtos e serviços com a garantia de que tudo vai funcionar conforme ele precisa.
A Liberty Engenharia nasceu em 2008 e é uma empresa especializada em sistemas de comunicação para a igreja, tanto na parte de acústica, de som, de vídeo e de iluminação.
Talvez você já tenha presenciado ou ouviu alguém falar de uma situação onde houve a troca do sistema de som, mas o equipamento novo não funcionou para aquilo que a igreja precisava. Ou seja, a igreja fez um investimento que não deu certo.
Em contrapartida a isso, a Liberty oferece todo suporte para a igreja, para que ela possa fazer uma aquisição mais assertiva.
Pela nossa longa experiência neste campo, listamos aqui algumas dicas que podem ser muito úteis na realidade da sua comunidade. Hoje as dicas são sobre como distribuir ou posicionar as caixas acústicas – e ainda outros temas como bônus.
Apresentamos esse assunto porque quando existe erro no posicionamento das caixas acústicas isso causa um problema generalizado no som. Logo, ter uma orientação no que diz respeito à localização das caixas pode ajudar muito a sua igreja.
Confira, então, dicas para configurar o sistema de som da igreja.
Dica 1: Instale as caixas acústicas entre a nave e o presbitério
Quando se olha para a estrutura predial da igreja, precisamos dividi-la em dois espaços: a nave, que é o espaço onde ficam os fiéis, e o presbitério, onde fica o presidente da celebração.
Entre esses dois espaços, existe uma linha imaginária que os divide, chamada de linha técnica. E é justamente neste espaço, demarcado por esta linha imaginária, que devem ser instaladas as caixas acústicas principais, nas paredes laterais. Essas caixas serão responsáveis por sonorizar todo o espaço onde está o povo de Deus.
Mas por que neste espaço entre a nave e o presbitério? Para diminuir a microfonia e também porque quando estão posicionadas neste local é possível aumentar o volume do som sem perder a qualidade.
Portanto, quando posicionamos as caixas acústicas principais na região da linha imaginária ou um pouco à frente dela, elas estão no lugar ideal.
Dica 2: Evite colocar as caixas acústicas no presbitério
Colocar as caixas acústicas dentro do presbitério, ou seja, fora da linha imaginária, é um caso bem recorrente nas igrejas.
Contudo, este não é um local adequado, pois é onde estão os microfones. Logo, o som sai das caixas acústicas, entra nos microfones, passa pelo sistema de som e entra novamente na caixa acústica e assim consecutivamente. Resultado: teremos microfonia.
Outro grande problema quando não instalamos as caixas na posição certa é que quando o som está baixo e aumentamos o volume, novamente se causa a microfonia.
Portanto, para evitar esse tipo de ruído as caixas acústicas não devem avançar para o presbitério.
Dica 3: Instale as caixas de retorno também na região da linha técnica
É claro que também precisamos sonorizar o presbitério, certo? Porque ali ficam o comentarista, os leitores, os coroinhas e o padre.
Para isso existe um sistema de som secundário, chamado de monitor altar ou de caixas de retorno. Também essas caixas devem ser instaladas na linha imaginária, ou linha técnica, entre a nave e o presbitério.
Mas por quê? Porque quando são instaladas nesta posição essas caixas ficam mais afastadas dos microfones e assim o som sofre menos interferência e menos microfonia.
Além disso, a partir dessa posição é possível aumentar o volume para ter uma sonorização adequada da região do presbitério e ainda entregar um som de qualidade para a nave da igreja.
Dica 4: Instale caixas acústicas de delay
A caixa acústica de delay, também conhecida como caixa de atraso, deve ficar afastada do sistema principal, nos fundos da igreja.
Quando a igreja possui mezanino ou galeria, as caixas de delay devem ser posicionadas na altura do mezanino.
As caixas de delay possuem um ajuste bem específico, é uma espécie de atraso, como se ela ficasse parada no tempo esperando o som vindo do sistema principal. Ou seja, o som sai lá da frente, chega até essa caixa e ela se liga; então o som fica sincronizado e vai em direção aos fiéis que estão na região do mezanino.
Contudo, mesmo as igrejas que possuem apenas o piso térreo precisam ter essas caixas. Além disso, quando a igreja é muito extensa em comprimento, é necessário instalar caixas com ajuste de atraso também ao longo do corredor, nas duas laterais.
Quando não é feito o ajuste de tempo e sincronismo nessas caixas acontece o eco, o que causa incompreensão. Logo, quando há esse ajuste, o som fica mais compreensível, tanto o que o padre fala, quanto as leituras da Palavra e a música.
Bônus: Alcance bons resultados com planejamento
Além dessas dicas valiosas que você pode observar e buscar corrigir na sua igreja, é preciso falar um pouco sobre planejamento do sistema de comunicação e como conseguir ter bons resultados.
O maior investimento que se deve fazer é sempre no planejamento. É um grande erro adquirir um sistema de sonorização sem um planejamento prévio ou um estudo que possa levar a igreja para o caminho correto no que diz respeito à sonorização.
Quando a igreja precisa de um suporte, de alguma ajuda, na parte de comunicação, nós da Liberty procuramos olhar de forma geral tanto na parte da acústica, de som, de vídeo e de iluminação também.
Isso é importante dentro de um planejamento para não haver desperdício de investimento.
Para você ter uma ideia do quanto isso é importante, citamos como exemplo o trabalho que a Liberty realizou na Igreja de São Benedito. Nesta paróquia foi feita a instalação do forro acústico, sonorização e iluminação.
Confira o antes e depois nestas fotos!
Para realizar todo esse trabalho, a Liberty fez um planejamento de toda a infraestrutura, de passagem de cabos, de aterramento e de elétrica para receber o sistema de som. Foi feita também toda a preparação e a instalação do forro acústico para contribuir ainda mais com os sistemas de comunicação e a parte da iluminação.
Também a parte do mezanino dessa igreja recebeu um tratamento acústico para melhorar a comunicação.
Bônus: fique atento, nem sempre o problema é com o som
Por incrível que pareça, a maioria das igrejas que tem problema no sistema de som, o problema na verdade não é com o som.
Muitas vezes o grande vilão é a acústica do ambiente. Igrejas muito grandes, muito amplas, tendem a ter uma acústica ruim. Porém, antes ninguém tocava nesse ponto, costumava-se remeter o problema à caixa acústica.
E quando a igreja tem uma acústica ruim, por mais que se faça grandes investimentos no sistema de som o resultado da reprodução sonora ainda vai ser muito ruim.
Em uma comparação, a acústica é a rodovia, e o som é o veículo que vai rodar sobre essa rodovia. Então, quando a rodovia está toda esburacada, toda fragmentada, por mais que eu faça um investimento alto em um bom carro, quando passar por esse asfalto, vou conseguir andar a 5 km por hora.
Logo, não adianta investir tão abruptamente no sistema de som e não cuidar da acústica. É preciso ter em mente que a acústica é sempre o modo imperativo, é ela que vai determinar como as pessoas escutam o som.
Por isso, é importante fazer primeiramente uma análise para identificar possíveis pontos de melhoria para o sistema de acústica.
Bônus: caixa de som no teto, é errado?
Atualmente não é muito comum encontrar caixas de som no teto da igreja, mas antigamente era algo muito comum, como se fosse num cinema, por exemplo, ou no sistema de comunicação de um shopping. Além de sistemas de som sempre vindo por trás.
Contudo, quando a gente estuda a modelagem de sistemas, existe um tópico chamado de imagem acústica. Então, imagine-se sentado no banco de uma igreja escutando o padre falar de frente para você. Logo, o som que você ouve também deve vir de frente, de acordo com o que você está vendo.
Mas o que acontece quando eu vejo a pessoa de frente e o som vem de cima ou do fundo da igreja? A taxa de compreensão – que é um método de medição de quantas pessoas estão compreendendo o som – cai muito. O que significa que a compreensão da homilia, por exemplo, fica comprometida.
Por isso, na igreja o som deve vir sempre pela frente, de acordo com a imagem acústica.
Bônus: a importância do padrão de qualidade no conjunto de som
O sistema de sonorização é formado por uma série de equipamentos: microfones, cabeamento, mesa de som, amplificadores, processadores, caixas acústicas etc.
E é importante que o sistema como um todo, desde microfone até caixa acústica, tenha um equilíbrio.
Isso quer dizer que, ao se fazer um investimento, é preciso manter o mesmo padrão de qualidade em todos os equipamentos.
Logo, não adianta comprar um bom microfone e um cabo ruim, de baixa qualidade, porque o resultado final daquilo que as pessoas vão escutar será sempre limitado pelo ponto de menor qualidade.
Ou seja, quando não se mantém um padrão de qualidade se compromete de maneira negativa o resultado final do som emitido.
Porém, nem sempre a igreja tem condições de investir de uma vez em todos os equipamentos. Então o ideal é que exista um projeto que determine que, de tempos em tempos, cada um dos equipamentos vá sendo substituído a fim de se alcançar o mesmo padrão em todo o sistema de sonorização.
O erro está em fazer investimentos pontuais que não fazem parte de uma proposta global.
Carlos Bertachi
Engenheiro de telecomunicações, pós-graduado em acústica para edificações e templos, diretor da Liberty Engenharia